quarta-feira, 12 de agosto de 2009

VariedadeS

(foto: Cecília Ferraz) No último mês e meio, muitas coisas contribuíram para que eu colocasse em prática o que mais gosto de fazer: pensar. Ia colocar aqui "refletir" mas, antes de escrever, a palavra me soou sensata demais. Algo que não sou necessariamente. Pensar o quanto realmente vale uma vida tranqüila, num local agradável. Quanto custa, de verdade, um lugar pra chamar de meu, minha casa. Pensar que viver em harmonia com os vizinhos não significa aceitar tudo que o bom senso alheio julga adequado. Que eu cresci e está mais do que na hora de ser sensata (eu?) e de expressar minha opinião, pois se não o fizer, além do alheio tomar conta, acabo por me encher e simplesmente ignorar o que acontece a meu redor - o que pode, em breve, virar uma boa dor de estômago ou um prato cheio para a terapia. Pensar se as pessoas ainda tem um restinho de compaixão, de sentimento, sob toda a ganância e luta pela sobrevivência (leia-se: dinheiro) num grande centro como São Paulo. Pensar que muitos de nós vivemos numa bolha que julgamos ser o território das verdade e da intelectualidade mandante desse país, e deixamos de olhar e perceber que esse país é MUITO mais que as regiões sul-sudeste. Que temos muito que aprender e trocar com todas as outras formas de conhecimento e culturas. Pensar que contradições existem. Sempre. E graças a elas posso pensar assim. Sempre. Esperando que isso me leve à reflexão. De preferência sensata.

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