sábado, 19 de dezembro de 2009

Atualizando

Resolvi criar vergonha na cara e atualizar minhas anotações sobre nossa viagem ao Uruguay no final do ano passado. Assim quem estiver pensando em passear por aquelas bandas pode dar uma olhadinha e, quem sabe, se inspirar. E boa viagem!

Dias 10, 11 e 12 - de Cabo Polonio a São Paulo

Dia 10 – Cabo Polônio/Rio Grande 04/01/09 – domingo Acordamos cedo e doloridos pela noite mal dormida e nos informamos sobre transporte até Cabo Polônio. Preço: UR$120 por pessoa ida/volta. Sobre Cabo Polônio (no Wikipedia):
“Cabo Polonio é um balneário uruguaio localizado no Departamento de Rocha. Próximo a sua costa, localizam-se três pequenas ilhas que servem de morada para lobos marinhos: La Rosa, La Encantada e el Islote. O nome da cidade vem de um galeão espanhol que naufragou na região em 1735. Um lobo-marinho toma sol em uma rocha próxima ao farol. Cabo Polonio possui uma paisagem singular, com enormes dunas ao redor da cidade. Os argentinos são os principais turistas da cidade, embora o turismo interno e de outros paises também seja significativo. A população fixa é pequena, formada principalmente por pescadores, artesãos e funcionários do farol. Em Cabo Polonio não há rede elétrica. Porém, muitos estabelecimentos possuem gerador próprio. Isso não impede que durante a noite seja quase impossível localizar-se. Durante a alta temporada, Cabo Polonio conta com vários restaurantes, pousadas e casas para alugar.”
O lugar vale a visita, mais pela paisagem que pela praia. Nós, por exemplo, não tivemos coragem de entrar no mar gelado. E como estávamos cansados, acabamos voltando e pegando o carro logo depois do almoço, sentido Chuí. No meio do caminho uma curiosidade (infelizmente sem fotos), de repente a pista se alarga e aparece uma placa dizendo que ali é uma pista de pouso de emergência! Já pensou? Você passando de carro e um 737 aterrissando na sua frente? Passamos direto pelo Chuí e seguimos até Rio Grande, onde nos hospedamos no Hotel Paris, próximo ao porto, por R$76/casal. Dia 11 – Rio Grande/Lages 05/01/09 - segunda-feira Por 15 minutos perdemos a balsa que nos levaria até a BR-101. Tenho muito vontade de conhecer esse trecho da BR, entre o Atlântico e a Lagoa dos Patos. Mas nosso atraso acabou sendo positivo, pois devido às chuvas em Santa Catarina, vários trechos da estrada estavam debaixo d’água e/ou interrompidos. Por isso acabamos voltando pela BR-116. Pernoite em Lages, no Hotel Planalto, lotado de argentinos que seguiam em direção ao litoral catarinense. Preço: R$60/casal. Dia 12 – Lages/São Paulo 06/01/09 - terça-feira De Lages seguimos para Curitiba, para visitarmos meu tio Léo, e de lá pegamos a conhecida Régis Bittencourt. Chegamos a São Paulo às 22h20, depois de 5.558 km rodados em 12 dias de viagem. Muitos vinhos na bagagem e histórias pra contar.

Dia 9 – Colônia/Cabo Polônio 03/01/09 – sábado

Deixamos Colônia às 10h50 depois de um café da manhã espetacular a pousada em que ficamos, e seguimos para Montevideo. Algumas conclusões até o momento: 1.Vale mais a pena deixar o carro em Colônia e ir até Buenos Ayres de ônibus – via Buquebus. Muito mais barato. 2.O Uruguay é um pais movido a motonetas, sem capacetes. Em Colônia qualquer um pode alugar uma scooter e conhecer a cidade. 3.O país deve ser um ótimo lugar para birdwatching. Como as estradas são pouco movimentadas, muitas aves ficam no asfalto, algumas até um pouco kamikazes e é bom tomar cuidado para evitar atropelamentos. 4.De fato é o país das vacas gordas. E bonitas. Paramos em Montevideo para almoço no Mercado do Porto, no restaurante El Pelegrino. Como cortesia da casa médio y médio, mistura de vinho com espumante, docinho e refrescante. Pedimos um cordero con vegetables salteados. Delicioso! Serve duas pessoas como nós, tranquilamente. Valor da conta: UR$1048. Antes de cair na estrada novamente, compramos alguns vinhos uruguaios e um licor de Tannat (Uruka) muito gostoso. Seguimos em direção a Punta del Este e punta que pariu! Descobrimos onde estão todos os uruguaios!!! Pouco antes de Piriápoles, cidadezinha balneária super agradável, avistamos uma montanha. Sim! Uma montanha no Uruguay!!! E não era qualquer montanha, era a terceira mais alta montanha do país: El Pan de Azucar, 423 metros de altura. Passamos por Piriápoles, Maldonado e finalmente Punta. Punta del Este é bem (ou muito mais) o que o Amaury Jr. mostra. No momento em que entramos na cidade a gente podia ouvir aquela musiquinha... . Sensacional! Em resumo, é uma cidade para ver e ser visto, com casas maravilhosas a beira mar, todas com gramado impecável e a altura de um bom campo de golf. Os prédios a la Miami, Tiffany&Co. e tudo a que o highsociety tem direito, e que faz com que a gente saia correndo. Matamos a fome no Burger King e tratamos de pegar a estrada o quanto antes. Dentro do Burger King um olhou para a cara do outro e falou: vamos cair fora! Seguimos pela Ruta 10 com a esperança de encontrar algo em José Ignácio. Transito estilo Florianópolis na alta temporada, com direito a uma visão de Carlitos Tevez – desta vez o verdadeiro. Depois de algum tempo descobrimos o motivo do congestionamento: desfile Dotto Models a beira da praia, só com gente bonita, transada e cheia da grana (ou querendo aparentar). Ufa! Passamos! Pegamos a balsa e atenção*** - ao contrario do que dizem as placas, nesta época do ano a balsa funciona 24hs – e seguimos por estrada de terra, até voltarmos para a Ruta 9 sentido La Paloma. Daqui pra frente só desgraça! Praias lotadas até o ladrão. Camping lotado sem ao menos 1 m2 livre, e o relógio marcando mais de 22h. Nas poucas vezes que paramos para perguntar se tinha vaga encaramos a cara de espanto das pessoas como se dizendo: vocês estão loucos? Querer achar alguma coisa nesta época do ano, nas praias mais procuradas do país? Já cansados e sem perspectivas de encontrar alguma coisa, paramos o carro no estacionamento de acesso a Cabo Polônio e dormimos no carro, mau humorados e com um baita frio. O clima tenso nem deixou que a gente curtisse um pouco o maravilhoso céu estrelado do lado de fora.

Dia 8 – Buenos Aires/Colônia do Sacramento 02/01/09 - sexta-feira

Fizemos o check out no hotel e saímos a procura de vinhos. Estacionamos na Calle Montevideo e caminhamos ela Corrientes. Dicas: - para quem gosta de música, vale uma passada na MusiMondo. Vários cds, quase todos, possíveis e imagináveis, que não encontramos no Brasil. - Vinhos: ao lado do supermercado Dia% (na Corrientes) tem um mercadinho chinês que tem vinhos bons e muito baratos! Fizemos a festa! Em direção a av. 9 de Julio (logo depois do chinês) tem uma outra lojaque vende vinhos e doces. Vale a pena conferir. Antes de deixarmos Buenos Ayres, fomos atrás de um restaurante que conheci em 2002, e que lembrava ser muito bom. É o tradicional Chiquilín (na esquina da Calle Montevideo com a Calle Sarmiento). Na nossa opinião um baita restaurante! E por incrível que pareça o serviço é impecável. O garçom que serviu a nossa mesa já morou no Brasil e era muito simpático, dando várias dicas sobre os pratos e harmonização com vinhos. Almoço bem servido, com ½ vinho: 115 pesos. Vale muito a pena! Passamos rapidamente por La Boca – Boca Juniors e Caminito – mas logo fugimos da ferveção turística. La Boca Às 18h30 estávamos no terminal Buquebus, onde pegaríamos o ferryboat ara Colônia do Sacramento (Uruguay de novo, ueba!). Aduana e embarque tranquilíssimos, apesar da minha tremedeira por não ter a tal procuração do carro. Buquebus: passagem Buenos Ayres/Colônia, 2 adultos e 1 carro pequeno: 398 pesos. (tudo para não arriscar ser parada pela policia rodoviária argentina). A lancha rápida levu 1 hora até Colônia. Eu enjoei um pouco e Mauricio “pré-panicou” com as ondas, mas pelo jeito a viagem é assim mesmo. Dica para quem vai a Buenos Ayres: cansou da grosseria porteña? Pega a lancha e vai pra Colônia! Mas nem tudo é perfeito deste lado do rio... a pequena cidade estava lotava e quase não conseguimos lugar para ficar. Por sorte encontramos a Posada de la Flor, por U$60/casal. Apesar de estar fora do que estávamos planejando gastar, essa pousada vale cada centavo. Os quartos dão para um jardim interno onde o café da manhã é servido. Muito bom gosto. Jantamos no já conhecido Mercosur, um já aprovado chivito e constatamos, mais uma vez, que os uruguaios são muito gentis e que o Uruguay vale sim uma missa (viu Edson!?).

Dia 7 – Buenos Aires 01/01/09 - quinta-feira

Um dia inteiro em Buenos Ayres. Um dia inteiro de feriado. O programa foi caminhar pela cidade atrás de coisas abertas, inclusive casas de câmbio. Por sorte nossos amigos tinham pesos para nos emprestar, pois TODOS os câmbios estavam fechados – e nessas horas a gente percebe como São Paulo nos deixa mau acostumados. Fomos até a Plaza de Mayo, centro e Puerto Madero. Dentre as bizarrices portenhas, presenciamos o suicídio de uma pomba no alto da catedral. Imagem abaixo, forte, porém curiosa. Pense bem antes de olhar para ela. O almoço foi no La Estância, na Calle Lavalle, onde ganhamos espumante de sobremesa. Almoço e vinho (dividido por 4): 100 pesos/casal. Cansados nos despedimos e combinamos de nos encontrar mais tarde, mas à noite as linhas telefônicas entraram em pane (pelo menos era o que parecia) e Mauricio e eu acabamos optando por uma caminhada nos arredores da Av. 9 de Julio com a Corrientes. No jantar provamos uma pasta no Pippo (Calle Montevideo), onde uma porção serve tranquilamente duas pessoas sem muita fome. Uma porção de pasta, mais ½ vinho: 42 pesos. Sobre Buenos Ayres no ano novo: não sei se é porque nosso estilo de viajar é um pouco diferente d maioria das pessoas, mas não tivemos uma impressão muito boa de BsAs nesta época. A cidade fica bem vazia, pois os portenhos seguem para o norte, rumo às praias, mas por outro lado fica lotada de brasileiros. Isso faz com que o serviço seja bem ruim, pois os argentinos já não agüentam mais tanto brasileiro e tratam todo mundo mal. Claro que falo isso com base na nossa experiência, nesses dois dias, e pode ser que seja apenas a nossa impressão. No entanto, dois dias aqui já foram suficientes para querermos voltar correndo para o Uruguay, onde as pessoas são mais simpáticas e acolhedoras. Sobre Buenos Ayres: eu estive em BsAs pela primeira vez em 2002, um congresso de Relações Internacionais. Me lembro que fiquei no Hotel Íbis, ao lado do Senado, e aquela área já estava sofrendo com a crise da economia nacional. Dessa vez, não recomendaria a ninguém que ficasse no Íbis (caso tenha a intenção de caminhar durante a noite). Nós, que ficamos na Av. de Mayo e andamos bastante a pé, fomos abordados algumas vezes por meninos de rua e vimos algumas abordagens mais violentas, desses mesmos meninos, a turistas europeus, com direto a garrafa quebrada e intimidação. Uma pena sair dessa cidade com a impressão de que ela está em decadência. Mas foi isso que sentimos durante essas pouquíssimas horas por aqui. De novo, pode ser apenas uma impressão. Nada que desmereça uma visita a cidade, apenas com mais cuidado que em outros tempos. Cena forte adiante...

Dia 6 – Carmelo/Buenos Aires 31/12/08 - quarta-feira

Deixamos Carmelo rumo a território argentino, crentes de que atravessaríamos por Fray Bentos... doce ilusão e tamanha desinformação, porque o impasse entre Uruguay e Argentina é de longa data! Mas não sabíamos, até então. Saímos de Carmelo rumo ao norte, pela Ruta 21. Próximo a Fray Bentos/Mercedes, perguntamos para a moça do pedágio* se a ponte estaria aberta. Resposta: Não! E por isso tivemos que subir mais 190km, pela Ruta 24, até Paysandu. Na fronteira, como não poderia deixar de ser, trocamos “gentilezas” com o amigo argentino que exigia a procuração do carro. Quando dissemos que não tínhamos o documento ele ficou olhando para a nossa cara sem dizer que sim ou que não. E eu fingi que também não estava entendendo o que se passava. Eu perguntei o que poderia acontecer se me parassem sem o documento e ele respondeu que eu seria multada. Perguntei o valor da multa e ele respondeu que dependia. Eu pergunte do que dependia e ele respondeu que dependia do guarda... (Mauricio pode contar mais detalhes sobre o meu estado surtado... com certeza a versão dele deve ser mais interessante e apimentada do que a minha). No final das contas o “amigo” percebeu que eu não ia “entender o que eu acho que ele queria que eu entendesse” e seguimos viagem. DICA: caso viaje com carro que está financiado, providencie uma procuração do banco financiador, para evitar problemas com os hermanos. Mesmo que o seu nome esteja no documento do carro. Com todo esse estresse descemos os 400km até Buenos Ayres (Ruta 14 e depois de Ceibas Ruta 12) morrendo de medo de sermos parado pela policia rodoviária de Entrerrios, famosa pela “cordialidade” com os carros brasileiros. BsAs não chegava nunca! E a estrada seguia numa reta infinita, com trânsito intenso no sentido contrário e completamente vazio sentido sul. Nos últimos 100km a velocidade máxima permitida era de 130km/h e Mauricio se esbaldou! Chegamos no centro da cidade por volta das 18hs e nos hospedamos no Hotel Alcazar (por 140 pesos o casal sem café da manhã) na Av. de Mayo. Ali nas redondezas é possível encontrar lugares por 120 pesos (na Calle Suipacha, por exemplo). Depois de acomodados fomos ao encontro de um casal de amigos, hospedados em Palermo, e saímos a procura de uma festa de Ano Novo. Achamos várias! Mas os preços estavam completamente fora do nosso orçamento, cerca de 190 pesos por pessoa! ☹ Acabamos fazendo um picnic em uma simpática praça, junto com um sósia do Seu Jorge, o Giraia (ou Carlitos Tevez mascarado) e amigos. Surreal! E para complementar, perto da 0 hora surgiram uma bandinha tocando musica mexicana – e vestidos a caráter - e uma batucada brasileira, com mulatas e o escambau. Terminamos a noite comendo pizza no Kentucky, que ficava perto do hotel onde nossos amigos estavam hospedados. E viva 2009! *detalhe do nome dela... Valéria Porras

Dia 5 – Montevideo/Carmelo 30/12/08 - terça-feira

Deixamos o hotel, tomamos nosso desayuno no La Pasiva, passamos na lojinha de música para agradecer pelo convite da noite anterior e às 11h25 estávamos prestes a entrar na Ruta 1, sentido Colônia do Sacramento. Colônia é uma cidadezinha às margens do Prata que, definitivamente, merece uma visita. No idioma “mauriciano” podemos definir a cidade como sendo “muy agradábile”. A semelhança com cidades brasileiras como Paraty, por exemplo, não é mera coincidência, isso devido ao fato de Colônia ter sido fundada pelo então governador do Rio de Janeiro, Manoel Lobo, em 1680. Era um ponto estratégico para o governo português na Bacia do Prata e conserva até hoje algumas construções típicas da época em que Portugal e Espanha se indispunham pela região. Almoçamos um chivito com vinho rose no restaurante Mercosur, numa das esquinas da Avenida General Flores, uma boa opção para orçamentos mais apertados (chivito simples, porém enorme, UR$99) e fomos tirar uma bela soneca, com direito a travesseiros, na beira do rio. De Colônia partem as lanchas para Buenos Aires (de Montevideo e de Punta Del Este também, mas em Colônia o trajeto é menor. Para informações sobre preços e horários, dê uma olhada no site do Buquebus . Como nosso plano original era seguir por terra mesmo, voltamos para a estrada, pela Ruta 21, até Carmelo. Em Carmelo fomos direto para o posto de Informações Turísticas (www.ciudadcarmelo.com) pedir dicas sobre hospedagem e assim caímos na casa da Família Diaz (Sr. Norberto Diaz – figuraça!). Ele aluga um quarto para viajantes, tudo super arrumadinho, com geladeira e fogão para os que desejarem, e um banheiro muito melhor estruturado (chuveiro não fica em cima da privada!) que a média. Tudo isso por UR$350. Aproveitamos o entardecer e demos um pulo até a Playa do Arroyo de las Vacas. O jantar foi indicação do Sr. Diaz, no Yatch Club [clú] de Carmelo: massa feita em casa... muito barato!! Um ótimo exemplo de (muito) bom e barato, salada, massa, vinho e sobremesa por incríveis UR$320.

domingo, 6 de dezembro de 2009

ética interessante

Agora há pouco meu irmão mais novo chegou aqui em casa, depois do segundo dia de prova do ENEM. Como ontem, perguntei como tinha sido a prova e, como ontem, ele me respondeu que OK, só um pouco cansativa, mas achou que se deu bem na redação, cujo tema foi a ética no país. Interessante. Em meio a escândalos e atitudes anti-éticas que vão do planalto do governo ao futebol (ou serão a mesma coisa?), passando pelo "roubo" da primeira versão da prova, me parece que a ética no país é um prato cheio, uma ótima oportunidade para saber o que os jovens brasileiros pensam sobre tudo o que está acontencendo por aí. Porque ao discutir ou falar sobre ética não nos remetemos apenas a política ou futebol, nos remetemos a nossa educação, ao que somos e ao que passaremos adiante. A ética, a meu ver, é um reflexo de cada um de nós. Interessante esse tema de hoje. Porque hoje mesmo eu estava conversando com meu outro irmão sobre acontecimentos familiares. Não me lembro de citarmos a palavra ética, mas lembramos de momentos em que, claramente, a ética de uns não correspondia à de outros, e o tempo tratou de mostrar o que as escolhas desencadearam na vida de cada um. E eu fiquei tranquila e em paz com a minha ética, e com a do meus irmãos. Interessante pensar sobre isso hoje. Pois tenho pensado frequentemente sobre os valores que carregamos, tanto no pessoal como no profissional. E às vezes chego a me perguntar se não sou boba por ser certinha demais em algumas coisas, como em seguir a minha ética, em todos os momentos. Porque tem muita gente por aí que acredita que o que vale é defender o seu. E ponto final. Custe o que custar. Como se desse para ser ético em alguns momentos apenas. Às vezes eu também balanço, chego a pensar que uma vez só não fará nenhum mal, mas no final percebo que não conseguiria trair a minha ética, o meu caráter. E quando percebi, em outros momentos, que minhas decisões estavam me levando para uma direção antagônica aos meus valores, fiz novas escolhas e corrigi o rumo. Talvez seja disso que a ética no país esteja precisando. Um novo prumo.