sábado, 19 de dezembro de 2009

Dia 6 – Carmelo/Buenos Aires 31/12/08 - quarta-feira

Deixamos Carmelo rumo a território argentino, crentes de que atravessaríamos por Fray Bentos... doce ilusão e tamanha desinformação, porque o impasse entre Uruguay e Argentina é de longa data! Mas não sabíamos, até então. Saímos de Carmelo rumo ao norte, pela Ruta 21. Próximo a Fray Bentos/Mercedes, perguntamos para a moça do pedágio* se a ponte estaria aberta. Resposta: Não! E por isso tivemos que subir mais 190km, pela Ruta 24, até Paysandu. Na fronteira, como não poderia deixar de ser, trocamos “gentilezas” com o amigo argentino que exigia a procuração do carro. Quando dissemos que não tínhamos o documento ele ficou olhando para a nossa cara sem dizer que sim ou que não. E eu fingi que também não estava entendendo o que se passava. Eu perguntei o que poderia acontecer se me parassem sem o documento e ele respondeu que eu seria multada. Perguntei o valor da multa e ele respondeu que dependia. Eu pergunte do que dependia e ele respondeu que dependia do guarda... (Mauricio pode contar mais detalhes sobre o meu estado surtado... com certeza a versão dele deve ser mais interessante e apimentada do que a minha). No final das contas o “amigo” percebeu que eu não ia “entender o que eu acho que ele queria que eu entendesse” e seguimos viagem. DICA: caso viaje com carro que está financiado, providencie uma procuração do banco financiador, para evitar problemas com os hermanos. Mesmo que o seu nome esteja no documento do carro. Com todo esse estresse descemos os 400km até Buenos Ayres (Ruta 14 e depois de Ceibas Ruta 12) morrendo de medo de sermos parado pela policia rodoviária de Entrerrios, famosa pela “cordialidade” com os carros brasileiros. BsAs não chegava nunca! E a estrada seguia numa reta infinita, com trânsito intenso no sentido contrário e completamente vazio sentido sul. Nos últimos 100km a velocidade máxima permitida era de 130km/h e Mauricio se esbaldou! Chegamos no centro da cidade por volta das 18hs e nos hospedamos no Hotel Alcazar (por 140 pesos o casal sem café da manhã) na Av. de Mayo. Ali nas redondezas é possível encontrar lugares por 120 pesos (na Calle Suipacha, por exemplo). Depois de acomodados fomos ao encontro de um casal de amigos, hospedados em Palermo, e saímos a procura de uma festa de Ano Novo. Achamos várias! Mas os preços estavam completamente fora do nosso orçamento, cerca de 190 pesos por pessoa! ☹ Acabamos fazendo um picnic em uma simpática praça, junto com um sósia do Seu Jorge, o Giraia (ou Carlitos Tevez mascarado) e amigos. Surreal! E para complementar, perto da 0 hora surgiram uma bandinha tocando musica mexicana – e vestidos a caráter - e uma batucada brasileira, com mulatas e o escambau. Terminamos a noite comendo pizza no Kentucky, que ficava perto do hotel onde nossos amigos estavam hospedados. E viva 2009! *detalhe do nome dela... Valéria Porras

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